Por fim defina-se greve: Considera-se legítimo o exercício de greve, com a suspensão coletiva temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação de serviços, quando o empregador ou a entidade patronal, correspondentes tiverem sido pré-avisadas 72 horas, nas atividades essenciais e 48 horas nas demais. A greve também é lícita quando não for contra decisão judicial.
Pois é, estou em greve e você, o que faz para assegurar que seus patrões não abusem do seu suor?
Alguns colegas de trabalho insistem em dizer que é uma questão pessoal e que o corpo discente não tem culpa sobre os nossos míseros salários.
Acredito que esses mesmos colegas, em grade maioria são pessoas que não vivem e nem mantêm seus respectivos lares com o nosso ordenado, são colegas que contêm uma forma outrora de arrecadação. Alguns desses colegas de trabalho são do sexo feminino que compõem o segundo salário da família.
Não quero generalizar, mas a ocorrência acima é clara, e percebi isso em unidades escolares particulares e públicas em que trabalho.
É triste perceber que nossa educação será entregue a provedores ou rede de televisão, feita a distância ou salas FRIAS com monitores educadores. Neste mesmo dia prefiro está do lado dos colegas supracitados e infelizmente apontá-los como culpados. Hoje vejo professores por conveniência, onde o oficio é o que resta para quem não tem outra opção.
O governo distribui miseras bolsas para cursos de graduação em licenciaturas, mas não se preocupa com a qualidade deste profissional.
Não gosto de citar os problemas óbvios, porém tenho colegas de trabalho que estão desestimulados com a condição encontrada. Apontaremos:
- Salários – Professores adentram na rede estadual de educação com salários que rondam 700 reais, sem contar com a falta do apoio para instrução, e a falta de vales transportes.
- Apoio ao Professor pela UERJ – A uerj, apesar de ser uma universidade competente, ainda oferece cursos de mestrado e doutorado muito distante do profissional da rede estadual de educação.
- Corpo discente sem expectativa – O material humano cada vez mais infeliz e sem conteúdo, alunos analfabetos sem saber ler ou até mesmo escrever uma pequena sentença.
- Violência urbana – A polícia cada vez mais distante das escolas, ausência da ronda escolar e a carência da punição a alunos infratores.
- Os progenitores – Os pais longe dos alunos e sem acompanhamento cotidiano. O professor acaba sendo o substituto natural dos progenitores.
- Diretores e coordenadores de região – A escolha de diretores pelo compro docente com aval da comunidade escolar, uma gestão clara e não burocrática, professores participando das prestações de conta, gestões participativas.
- Professores – Adaptados em outras funções ou até mesmo em outras disciplinas, o verdadeiro QUEBRA GALHO da secretaria de educação. A busca de novos saberes e novas metodologias para nossas aulas, professor deve sempre ler e estar em contato com suas áreas do saber.
Se formos enumerar todos os problemas ficaremos aqui por várias laudas nestas postagens.
Soluções: Acredito que um conjunto de ações podem servir de norte para a educação atual:
- Aumento urgêncial de salário.
- Formas de acesso ao saber, acesso a livros e software que desempenhem enriquecimento as aulas.
- Aulas de reforço nas séries iniciais.
- Promoção somente de alunos capazes de compreender o conteúdo e de discernir mais 70% do período letivo.
- Polícia efetiva e a punição adequada a alunos que infringem regras já pré-estabelecida.
- Contato efetivo com os pais.
Por esses motivos estou em greve.
Texto escrito por:
Fábio Física – Responsável pela destruição da educação tosca e banal que propõe nosso digníssimo governador.
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